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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mesmo com salários atrativos médicos rejeitam ofertas para PSF

Municípios do interior do estado enfrentam dificuldade para contratar profissionais para atuar no Programa Saúde da Família, Além de salário atrativos a a expectativa é que a redução de jornada possa contribuir para profissionais ingressarem no programa

Acompanhe na reportagem de Carlos Adams e Zenóbio Oliveira.

Salários que podem chegar a 13 mil reais por mês para uma carga horária de 8 por dia. Em algumas cidades do interior, essas são as vantagens oferecidas aos médicos do Programa Saúde da Família, o PSF. Mas com tudo isso, ainda faltam profissionais interessados em trabalhar no programa. A rejeição começa, muitas vezes, pelos próprios recém-formados de medicina.

– No município de Mossoró nós temos hoje faculdade de medicina, no qual formou nesses últimos meses um total de 25 alunos, desses 25 alunos, apenas dois entraram para a rede, para estratégia saúde da família. Então, se os 25 tivessem entrado na nossa rede a gente teria atingido quase 100% de nossa cobertura - explica Benjamim Bento Araujo, gerente de saúde de Mossoró.

Em Mossoró, um médico efetivo do PSF recebe hoje 6 mil reais por mês, sendo 1.400 referentes ao salário base e 4600 referentes a uma gratificação que é complementada pela prefeitura município. Ao todo, no município, são 61 equipes que atendem 82% da população.

– É um excelente percentual, 82% não é comum nos municípios com mais de 150, 200 mil habitantes ter essa cobertura - afirma o gerente de saúde de Mossoró .

Mesmo numa situação satisfatória, a preocupação permanece porque muitos médicos optam por sair do Programa para fazer especializações. É uma relação muitas vezes desproporcional, ou seja, a quantidade de médicos que entram no PSF geralmente é menor do que os que saem.

Na última sexta-feira o Ministério da Saúde emitiu uma portaria diminuindo a carga de trabalho dos médicos do PSF, agora eles podem trabalhar até 20 horas semanais e não 40 horas como era estabelecido pela estratégia da atenção básica. A medida é uma forma de atrai mais médicos para o programa e assim tentar diminuir a carência deles principalmente nas pequenas cidades do interior.

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